Um mês após maior greve em 30 anos, trens do Reino Unido voltam a parar

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Cerca de 40 mil funcionários do serviço ferroviário do país pararam nesta quarta-feira (27) para pedir melhores salários por conta da disparada da inflação no país, que pode passar de 11% no fim do ano. Faixa impedindo entrada de passageiros é colocada na estação de King´s Cross, em Londres, por conta da greve de 24 horas convocada por trabalhadores da rede ferroviária do Reino Unido, em 27 de julho de 2022.
Carlos Jasso/ AFP
Cerca de 40.000 ferroviários britânicos estão em greve nesta quarta-feira (26) por salários e empregos, um mês após sua maior greve em 30 anos, no auge da crise do poder aquisitivo no Reino Unido.
Perante o fracasso após três dias de greve histórica no fim de junho, o sindicato ferroviário da RMT convocou uma greve de 24 horas, na esperança de obter melhores salários diante da disparada da inflação no país e que pode ultrapassar 11% até o final do ano.
Uma questão candente que o sucessor do primeiro-ministro Boris Johnson, que renunciou em 7 de julho após uma série de escândalos e mentiras, terá que enfrentar. A ministra das Relações Exteriores Liz Truss e o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak são os dois finalistas na corrida para sucedê-lo.
Devido à greve, apenas cerca de um em cada cinco trens funcionará nesta quarta-feira, em cerca de metade da rede, com algumas áreas sem trens durante todo o dia. A greve também afeta a circulação dos trens Eurostar, causando cancelamentos e alterações de horários.
Além desta ação, os sindicatos RMT e TSA lançarão greves coordenadas nos dias 18 e 20 de agosto, e a RMT anunciou uma greve no metrô de Londres em 19 de agosto.
O secretário-geral da RMT, Mick Lynch, enfatizou que seus membros do sindicato estão mais determinados do que nunca a obter salários mais altos, segurança no emprego e boas condições de trabalho. Afirmou que o gestor público da Rede Ferroviária não apresentou “nenhuma melhoria em relação à sua oferta salarial anterior”.
O ministro dos Transportes, Grant Shapps, atacou os sindicatos, acusando-os de multiplicar greves e ameaças de greve em detrimento de milhares de usuários.
“Temos que fazer mais para impedir que esses sindicatos de extrema esquerda muito militantes perturbem a vida cotidiana das pessoas comuns”, enfatizou o ministro nesta quarta-feira no SkyNews.

Fonte: G1 Mundo