Edy Star lança single em setembro com hino gay do pop espanhol e edita livro ‘Diário de um invertido’

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Capa do livro ‘Diário de um invertido – Escritos líricos, aflitos e despudorados (Salvador, 1956 –1963)’, de Edy Star
Divulgação
♪ Já a caminho dos 85 anos, a serem festejados em 2023 com a edição de biografia escrita por Ricardo Santhiago, o baiano Edivaldo Souza – Edy Star, na certidão artística – se vangloria de ter sido o primeiro artista brasileiro a se revelar publicamente homossexual em entrevista de 1975.
O feito está alardeado no texto da contracapa do livro Diário de um invertido – Escritos líricos, aflitos e despudorados (Salvador, 1956 –1963), programado para ser lançado em setembro pela editora Noir.
Dono do primeiro disco assumidamente gay e glam do Brasil, …Sweet Edy… (1974), Edy Star celebra a edição do livro com o lançamento, também em setembro, de single duplo em que canta um hino gay do pop espanhol, ¿A quién le importa? (Carlos Berlanga e Nacho Canut, 1986), música lançada há 36 anos pela banda espanhola Alaska y Dinarama e já regravada por nomes como a cantora Thalía.
Nesse single, Edy também canta Homens (2002), música lançada há 20 anos pelo cantor e compositor Moisés Santana.
O disco está em sintonia com o relato de Diário de um invertido, livro em que Edy narra a descoberta da própria sexualidade na Salvador (BA) da década de 1950, as relações de sociabilidade gay na capital da Bahia, os primeiros amores e as primeiras experiências sexuais.
Pré-existentes, esses escritos foram localizados por Ricardo Santhiago no acervo pessoal de Edy Star durante processo de organização e documentação do arquivo do artista.
Avalizado pelo antropólogo e professor Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia e autor do texto publicado na segunda orelha, o livro de Edy Star também é sancionado por nomes importantes nas lutas pelas conquistas da comunidade gay masculina do Brasil, caso do escritor e ativista paulista João Silvério Trevisan, autor do livro Devassos no paraíso (1986), título emblemático da literatura gay brasileira.
Capa, contracapa e orelhas do livro ‘Diário de um invertido – Escritos líricos, aflitos e despudorados (Salvador, 1956 –1963)’, de Edy Star
Divulgação

Fonte: G1 Entretenimento